O frio da Solidão
17-02-2020

Há quem diga que a solidão torna a vida num inferno,
E aqui estou com a mesma sensação,
Que já mais imaginei e que quase me congela,
O divorsio de euforia é a minha condição.
Até a manta que me entregaram,
Tenho dúvidas para qual a intenção,
Se é para resguardar a temperatura,
Ou para camuflar a frio da minha solidão.
Neste cenário de grande verdejar,
Só as borboletas se alegam a mim,
Exibem a liberdade no seu voar,
Parecem quererem me encorajar,
A fazer-lhes companhia até fim.
Ao sentir-me sujeito e definhado,
É assim que sinto a minha solidão.
Esta penitência que sofro calado,
E o amor que eu brado em vão.
